
esta música acompanhou-me quando finalmente cheguei a casa depois de tomar um táxi. não me apeteceu subir a rua inclinada, passar o centro da cidade e envergar pelas ruas que percorremos de mãos dadas nas noites anteriores. chovia docemente e eu sentia uma mão no peito a arranhar-me com força, com crueldade. faltava qualquer coisa - faltou sempre - e eu queria apenas que o tempo galopasse, como nos filmes. foste-me fugindo aos poucos e agora estás aí, do outro lado do trânsito, de braços caídos e sem saberes o que dizer. o que fazer.
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