domingo, março 02, 2008


De repente a boca ficou seca. Os olhos mais abertos que nunca e um esforço imenso para os manter assim. As mãos quietas, sem acção. Mas a boca, ai a boca, a boca tão seca. Um desconforto na alma que só ela saberia contar. Um aperto no peito tão pesado como o céu, se nos caísse em cima. A música a passar no escuro. A luz da tarde a morrer e a querer entrar pelas frestas da janela. As tuas mãos enormes. Tão grandes que são as tuas mãos!

2 comentários:

Dv disse...

Muito bom. Muito boas fotos, muito bom o desvaneio, muito boa expressao.

Belo Blog.

Miguel disse...

não sei se tem mais impacto a foto, ou o texto

.