
Depois de te ires embora aprendi que nunca se deve evitar um 'gosto muito de ti', ou um 'adoro-te'. A alma às vezes atraiçoa-nos, e o orgulho quase sempre nos prende. Mas dizermos o quanto gostamos de alguém tem uma tamanha importância que infelizmente só descobrirmos depois de já não o podermos fazer. Gostava de te abraçar de novo, de me sentar ao pé de ti, de te acordar, de te adormecer... De te dizer 'gosto tanto de ti', como da última vez que mergulhei nos teus olhos. Ainda bem que ainda o consegui fazer, ainda que talvez já não percebesses. Mas tenho a certeza que lá bem no fundo de ti sempre soubeste que eu estava lá... para te apertar a mão.
Agora, com as lágrimas a ofuscar, sinto a mesma dor no peito que me apertou naquela última tarde, em que os meus olhos se fixavam e se perdiam na cor neutra do céu tão azul de Lisboa.
2 comentários:
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tens sempre os melhores textos a acompanhar as imagens mais doces. ;)
e isso é bem verdade... e por muitas vezes que leia este texto, por muitas vezes que me lembre disso, hei-de sempre cair nesse mesmo erro...
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