quarta-feira, abril 18, 2007


A um passo da praia soltas o cabelo e caminhas lentamente. A areia é um manto imperial que te seduz e te espera com gratidão. As ondas fazem aquele barulhinho só delas e como tu gostas. Não tens pressa apesar do mar te chamar. Respiras a brisa que te envolve e prendes-te em mais um entardecer perfeito. Recordas agora os últimos anos - como foram bons, como aprendeste tanta coisa, como as coisas que julgavas para sempre tuas te fugiram. Daria tudo para saber no que pensas nestes minutos em que atravessas o areal quando só as pequenas pedrinhas e conchas se te opõem. O que é eterno são estes fugazes momentos de tamanha intensidade que se petrificam, e nenhuma força jamais os resgatará.

2 comentários:

Ana disse...

associo-o este teu post a uma certa melancolia entre o desprendimento de coisas antigas e a ânsia por novas descobertas. tudo irá correr bem e continuarão a existir assim recordações eternas. é uma delicia ler o que escreves*

[ momentos ] disse...

a tua alma respira ternura.
e eu emociono-me sempre que te leio..

lindo. mesmo. gvynxinha

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